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Paisagens de madeira, texturas de sede
É este o verso que incendeia a alma
Antes de abrir a porta ao desespero

Fito, solene
A estrada adiante
É como um rio pálido
De que me arrependo

Energicamente, o assobio, ao longe
Ventilando entre a voz, a noite
De que tempo é o meu desejo?
Em que mãos me alucino?

Vigoroso, o rasto no céu
De uma asa entreaberta como uma cortina
Sou de uma caverna, escura e fria
Onde o primitivismo ainda habita!

As mãos pegam em pedras
Dessas que há por aí, no chão
E também dentro do peito de alguns
Onde formam cordilheiras de rochas duras, cinzentas e cruas
Só beijadas pelo vento e pela chuva do inverno.

Pedro Barão de Campos.

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